sexta-feira, 2 de setembro de 2016


Você sabia que a incontinência urinária tem tratamento não cirúrgico? E que ele pode ser realizado pelo fisioterapeuta?

Escapar xixi não é normal e não faz parte do processo natural de envelhecimento. A incontinência urinária é extremamente desagradável, constrangedora e interfere na autoestima, no bem-estar, na higiene e na vida sexual de muitas pessoas. Eu já passei por isso após minhas duas gestações e corrigi com FISIOTERAPIA! Sim! Tratamento conservador feito pelo fisioterapeuta.
Homens e crianças também podem sofrer com essa disfunção. Estima-se que mais de 20% da população apresenta incontinência urinária. Esse percentual aumenta para mais de 30% entre as mulheres acima dos 40 anos. Estudos demonstram que os índices podem chegar a 60% dependendo da população estudada.
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina mais comumente causada pelo enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. Ela pode gerar uma urgência para urinar e/ou acontecer durante a realização de algum esforço como tossir, espirrar ou carregar algum peso.
Você sabe quais são os músculos do assoalho pélvico?

Veja esse vídeo para compreender melhor a posição e os músculos que fazem parte do assoalho pélvico: https://www.youtube.com/watch?v=krtlITl7ECs

O diafragma da pelve ou assoalho pélvico é composto basicamente pelo levantador do ânus (pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo) e coccígeo. Ambos são responsáveis pela sustentação das vísceras e por resistir ao aumento da pressão intra-abdominal. O músculo coccígeo ainda flete o cóccix.
Os músculos obturador interno e piriforme completam o assoalho pélvico e têm função de abrir e girar a coxa lateralmente, além de ajudar a manter a cabeça do fêmur no lugar.
O períneo é composto por seis músculos, todos envolvidos nos controles de esfíncteres, suporte visceral e/ou nas funções sexuais.
O envelhecimento, as gestações, os partos e cirurgias são algumas das razões para o desenvolvimento de disfunções na musculatura pélvica.
O fortalecimento dessa musculatura pode ser feito através de exercícios simples, mas que requerem um aperfeiçoamento da consciência corporal. Aí entra o fisioterapeuta para auxiliar nesse processo. Cinesioterapia e eletroterapia são algumas das ferramentas que poderão ser utilizadas pelo profissional para corrigir a disfunção e trazer de volta a autoestima e o bem-estar desses pacientes.
Vergonha e desconhecimento com relação ao tratamento figuram entre as principais razões para que as pessoas não procurem ajuda. Por isso, compartilhe essas informações. Não há razão para protelar a correção da incontinência urinária. Marque sua avaliação agora mesmo!

Dra. Paola Mesquita
CREFITO 11226 LTT/F
(51)9132.3003

Referências

LANGONI, Chandra da Silveira et al . Incontinência urinária em idosas de Porto Alegre: sua prevalência e sua relação com a função muscular do assoalho pélvico. Fisioter. Pesqui.,  São Paulo ,  v. 21, n. 1, p. 74-80,  Mar.  2014 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502014000100074&lng=en&nrm=iso>. access on  02  Sept.  2016. 
LOPES, Daniela Biguetti Martins; PRACA, Neide de Souza. Prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e fatores relacionados. Acta paul. enferm.,  São Paulo ,  v. 25, n. 4, p. 574-580,    2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400015&lng=en&nrm=iso>. access on  02  Sept.  2016. 
MOORE, KL; DALLEY, AF; AGUR, AR. Anatomia orientada para a clínica. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan; 2014., 2014. ISBN: 9788527725170.
SANTOS, Claudia Regina de Souza; SANTOS, Vera Lúcia Conceição Gouveia. Prevalência da incontinência urinária em amostra randomizada da população urbana de Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 18, n. 5, p. 903-910,  Oct.  2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000500010&lng=en&nrm=iso>. access on  02  Sept.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692010000500010.
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