Você sabia que a incontinência urinária tem tratamento não cirúrgico? E que ele pode ser realizado pelo fisioterapeuta?
Escapar xixi não é normal e não faz
parte do processo natural de envelhecimento. A incontinência urinária é extremamente
desagradável, constrangedora e interfere na autoestima, no bem-estar, na
higiene e na vida sexual de muitas pessoas. Eu já passei por isso após minhas
duas gestações e corrigi com FISIOTERAPIA! Sim! Tratamento conservador feito
pelo fisioterapeuta.
Homens e crianças também podem
sofrer com essa disfunção. Estima-se que mais de 20% da população apresenta
incontinência urinária. Esse percentual aumenta para mais de 30% entre as
mulheres acima dos 40 anos. Estudos demonstram que os índices podem chegar a 60%
dependendo da população estudada.
A incontinência urinária é a perda
involuntária de urina mais comumente causada pelo enfraquecimento da
musculatura do assoalho pélvico. Ela pode gerar uma urgência para urinar e/ou
acontecer durante a realização de algum esforço como tossir, espirrar ou carregar
algum peso.
Você sabe quais são os músculos do
assoalho pélvico?
Veja esse vídeo para compreender
melhor a posição e os músculos que fazem parte do assoalho pélvico: https://www.youtube.com/watch?v=krtlITl7ECs
O diafragma da pelve ou assoalho pélvico
é composto basicamente pelo levantador do ânus (pubococcígeo, puborretal e
iliococcígeo) e coccígeo. Ambos são responsáveis pela sustentação das vísceras
e por resistir ao aumento da pressão intra-abdominal. O músculo coccígeo ainda
flete o cóccix.
Os músculos obturador interno e piriforme
completam o assoalho pélvico e têm função de abrir e girar a coxa lateralmente,
além de ajudar a manter a cabeça do fêmur no lugar.
O períneo é composto por seis
músculos, todos envolvidos nos controles de esfíncteres, suporte visceral e/ou
nas funções sexuais.
O envelhecimento, as gestações, os
partos e cirurgias são algumas das razões para o desenvolvimento de disfunções
na musculatura pélvica.
O fortalecimento dessa musculatura
pode ser feito através de exercícios simples, mas que requerem um
aperfeiçoamento da consciência corporal. Aí entra o fisioterapeuta para
auxiliar nesse processo. Cinesioterapia e eletroterapia são algumas das
ferramentas que poderão ser utilizadas pelo profissional para corrigir a
disfunção e trazer de volta a autoestima e o bem-estar desses pacientes.
Vergonha e desconhecimento com
relação ao tratamento figuram entre as principais razões para que as pessoas não
procurem ajuda. Por isso, compartilhe essas informações. Não há razão para
protelar a correção da incontinência urinária. Marque sua avaliação agora
mesmo!
Dra. Paola Mesquita
CREFITO 11226 LTT/F
(51)9132.3003
Referências
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idosas de Porto Alegre: sua prevalência e sua relação com a função muscular do
assoalho pélvico. Fisioter.
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