domingo, 24 de julho de 2011

O que é Espasticidade?

A espasticidade é um distúrbio freqüente nas lesões congênitas ou adquiridas do Sistema Nervoso Central (SNC) afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ser causa de incapacidade por si só, afetando o sistema músculo esquelético e limitando a função motora normal. Inicialmente dificulta o posicionamento confortável do indivíduo, prejudica as tarefas de vida diária como alimentação, locomoção, transferência e os cuidados de higiene. Quando não tratada causa contraturas, rigidez, luxações, dor e deformidades.
A definição mais aceita da espasticidade é que se trata de uma desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento com exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus muscular.
A espasticidade surge em situações clínicas tais como: acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, lesões medulares, neoplasias, trauma crânio-encefálico, doenças heredo-degenerativas e desmielinizantes entre outras alterações do neurônio motor superior.
Na avaliação objetiva da espasticidade podemos utilizar indicadores quantitativos e qualitativos para identificar os padrões clínicos de disfunção. Os testes visam tanto a mensuração da espasticidade em si (tônus muscular), quanto a sua repercussão funcional.
  • Escala Modificada de Ashworth: é a escala mais amplamente utilizada na avaliação da espasticidade forma rápida nas diversas articulações.
  • Goniometria: mensurada pela medida do arco de movimento articular.
  • Marcha: nos pacientes deambuladores pode ser avaliada desde uma observação clínica até as formas mais detalhadas como o laboratório de marcha. Outro instrumento utilizado no laboratório de marcha é a eletromiografia dinâmica.
  • Testes de avaliação das habilidades do membro superior e da dinamometria da preensão.
  • Medida da independência funcional (MIF): para demonstrar as alterações das habilidades nas atividades de vida diária.
  • Índice de Barthel, também é um método quantitativo de avaliação do grau de independência nas atividades de vida diária.
  • Escala Visual de Analogia de Dor. Nos pacientes em que a espasticidade produz dor é uma medida válida para quantificá-la.
  • Avaliação quantitativa da Força Muscular: pode-se utilizar o teste de força muscular ou miometria com dinamômetros manuais.
Espasticidade: Princípios de tratamento
Há evidencias que autorizem citar quatro princípios que devem ser levados em consideração no tratamento da espasticidade.
  • Não existe um tratamento de cura definitiva da lesão
  • O tratamento é multifatorial visando diminuição da incapacidade
  • O tratamento deve estar inserido dentro de um programa de reabilitação
  • O tempo de tratamento deve ser baseado na evolução funcional